domingo, maio 15, 2011

A FILOSOFIA DO BLOG DA HIDROVIA


            Este é um “post” especial. Não tem o glamour das metáforas anteriores, mas é relevante falar desse novo portal de comunicação chamado “Blog”. Eis o tema deste domingo.
A Internet é algo extraordinário. Jamais a sociedade experimentou instrumento tão poderoso para se colocar em prática o milenar conceito de “democracia”. A velocidade da informação e a qualidade da interação entre as pessoas através da rede mundial de computadores têm provocado modificações significativas nas relações vigentes. As recentes implosões de governos no mundo árabes e ampla divulgação do fim da caçada a Osama Bin Laden são evidências concretas desse poder. Usados para o bem, sites, blogs e rede sociais constituem ferramentas formidáveis para evolução e melhoria da qualidade de vida da humanidade.
            A filosofia deste blog segue nessa onda. De repente “caiu a ficha” sobre um modo inteligente de sensibilizar as pessoas em torno de uma causa que você acredita. O blog da hidrovia tem esse propósito. Sua razão de ser é oferecer um espaço para expressão, debate, articulação e integração de partes interessadas em promover a hidrovia, em especial da Navegação Interior. E, desse modo, despertar a sociedade sobre a importância do tema. Assim, apresenta textos, imagens e links, cujos conteúdos necessitam de inovação e renovação constantes. Tal desafio demanda tempo e dedicação.
Diante da envergadura desse trabalho, surge a analogia: Sabe aquela melancia grande que você abre e se dá conta que é difícil saboreá-la sozinho? Pois bem, sustentar um blog é missão árdua. Montá-lo já foi difícil. Mantê-lo exige esforço ainda maior. Claro, isso se você deseja apresentar algo dinâmico, ousado e motivador. Elaborar artigos para as postagens do blog implica organizar e reorganizar o conhecimento. Ler e reler livros e outras fontes. Escrever e reescrever versões, várias vezes. Um exercício de aprimoramento permanente.
            A continuidade da proposta impõe a busca de soluções. O blog não tem fins lucrativos. Sua manutenção não está entre as atividades profissionais desse servidor da ANTAQ. As noites e finais de semana são insuficientes para a produção e manutenção blogueira. Assim, uma alternativa interessante, sugerida por colegas, é compartilhar esse espaço virtual. Por esse motivo, estendo a todos o convite para uma participação mais efusiva. Não apenas como leitor e comentarista, cujos papéis são vitais à longevidade da iniciativa. Mas, em especial, para colaborar na produção de artigos. Todo projeto precisa de alguém para dar aquele empurrãozinho, daí a importância de se preservar a coordenação. Então, escolhi o domingo como o dia de atualização do blog. Penso que uma semana é razoável para visitas e leituras. Farei o possível para manter esse compromisso. E, ter ajuda sempre é bom.
Como já dito, escrever para ser entendido é tarefa espinhosa. Mais ainda se o assunto for técnico. Todavia, não fiquemos presos ao tecnicismo. O “pulo do gato” é relacionar o tema hidroviário às questões do dia-a-dia. Os aspectos da navegação, em especial as decorrentes do baixo aproveitamento das hidrovias brasileiras, afetam as pessoas diuturnamente. Não é um assunto badalado. Raramente ganha espaço na mídia. Por isso, a maioria não se dá conta da proximidade com seu cotidiano. O elevado número de acidentes em nossas estradas, os estressantes congestionamentos nos centros urbanos, o majorado preço final dos produtos devido ao alto custo dos fretes são alguns exemplos da forma como somos impactados.
            O tema permeia também o projeto do novo código florestal brasileiro, em discussão no Congresso Nacional. Com votação iminente, a lei propõe preservar as matas ciliares de rios, lagos e barragens. Tal vegetação é preciosa para se evitar o assoreamento desses cursos d´água e para manter a sua condição de navegabilidade. A proposta gera um embate sério, com ambientalistas e cientistas de um lado e ruralistas de outro. Nessa hora, é fundamental assegurar a compatibilidade entre preservação ambiental e desenvolvimento, sob pena de se afetar gravemente o futuro de gerações futuras.
Em contraponto ao esforço exigido pelo blog, os retornos têm sido gratificantes. Reflexão importante veio de uma amiga, após ler o texto “A terceira onda da hidrovia. Reportou que outro dia estava na visão panorâmica do escritório de uma grande empresa, no alto de um prédio, próximo à Marginal do rio Pinheiros, em São Paulo, num final de tarde, já em preparativos para voltar ao aeroporto. Surpreendeu-se com a incrível quantidade de veículos que entupiam as rodovias e viadutos em volta daquela estrada d´água. Ao mesmo tempo, uma grande alternativa jazia ao lado, poluído e subutilizado. Gravou a imagem em sua mente.
Quando me encontrou, descreveu o que vira e lascou a pergunta: Por que o rio Pinheiros não é usado para aliviar o problema do trânsito em São Paulo? Uma questão simples, mas de respostas complexas. Na tentativa de simplificá-la, argumentei pela histórica limitação das políticas públicas para aproveitamento do grande potencial aquaviário do país, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Além das vantagens desse modal, a navegação é silenciosa. Você quase nem se dá conta de que a embarcação passou. Vez em quando, percebe-se uma “marolinha” na areia da praia. Evidente que o artigo lhe despertara um novo ângulo de visão. Posteriormente, enviei-lhe a figura abaixo, que sintetiza o poder da hidrovia. Mostra que investir em hidrovias significa não apenas preservar o meio ambiente, mas garanti-lo às gerações futuras. Isso envolve um conceito mais amplo denominado sustentabilidade.

Enfim, acrescento que o blog da hidrovia está bombando. No domingo das mães, quando foi publicado o curioso artigo A águia e a galinha, o contador de acessos estava em 155. Os e-mails de aviso da nova postagem funcionaram. Durante a semana, quase triplicou. Na postagem de hoje, 15, o contador registra 442 acessos. Porém, de acordo com especialistas, não se contabiliza o acesso pelo simples acesso, mas por sua capacidade de gerar comentários, despertar reflexões, alterar comportamentos e estimular seguidores. Ainda se tem poucos comentários. Muitos deram retorno por e-mail. Foi muito legal, mas a todos frisei a importância da valorização desse novo canal. Blogs precisam de acessos de qualidade. Assim como o artista, o blogueiro precisa de público.

Torne-se um seguidor, registre seu e-mail e prestigie esse novo portal.
Seu artigo será muito bem vindo!

Obrigado

JOSE ALLAMA

3 comentários:

  1. Não só como simpatizante deste Projeto mas ciente da realidade das rodovias brasileiras vejo que o seu sucesso depende primeiramente da conscientização de todos os segmentos do País e principalmente dos governantes - responsáveis pelos recursos necessários - sobre a importância e a potencialidade do Setor Aquaviário para o desenvolvimento do Brasil. Ione Allama

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  2. Tenho acompanhado os artigos postados, e compartilho da nescessidade de uma atitude contundente, sobre a utilização e as vantagens da Hidrovia em nosso Pais, principalmente com a sobre carga das Rodovias os custos e a ineficiência das Ferrovias, e temos todos os recursos naturais nescessários para uma melhor utilização deste transporte.............Luis Allama........

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  3. Ademir,
    Fico muito feliz ao constatar que os artigos postados neste Blog não são meramente ilustrativos mas têm por objetivo informar e conscientizar-nos sobre a importância e as vantagens da implantação da Hidrovia no Brasil. Espero que a tua persistência, obstinação e esperança obtenham êxito!!!!! Ione Allama

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