domingo, agosto 14, 2011

O QUE DIFERENCIA NAÇÕES RICAS E POBRES?

Neste domingo, dou parabéns aos pais pelo seu dia. E faço uma referência especial a meu pai, Wivaldo Allama. Infelizmente, partiu cedo, com apenas 51 anos de idade. Não teve oportunidade de conhecer e brincar com os netos.

De perfil batalhador, estudou até a 5ª série. Ainda na infância, começou a trabalhar com tijolos numa olaria. 40 anos depois aposentou-se na profissão de  mecânico, numa indústria de papel. Possuia uma admirável capacidade para a matemática. Educou 5 filhos. Pautou sua vida e nos transmitiu valores como trabalho, caráter, família e solidariedade. Tenho orgulho de ser chamado pelo sobrenome. Quem sabe um dia o blog da hidrovia vire o blog do Allama.

De modo um pouco diferente da geração de meu pai, creio que, hoje, atravessamos uma época extraordináriamente maluca. Vivemos sob a égide da violência e da incapacidade do Estado em cumprir um de seus deveres básicos: proteger os cidadãos. Os dois casos recentes no Rio de Janeiro são emblemáticos e nos deixam impressionados.
De um lado, reféns sob o risco de morte de sequestradores, num ônibus no centro do Rio, são vitimados pelas armas que deveriam defendê-los. Não tem explicação ver policiais atirando a esmo contra  um coletivo com passageiros. Será que eles pensaram ter balas mágicas capazes de parar o veículo ou de desviarem dos reféns para atingir apenas os marginais?
Enterro da juíza Patrícia Acioli, em Niterói/RJ
Foto Correioweb
Noutra faceta dessa violência, uma juíza é executada na porta de sua casa com mais de 20 tiros. A magistrada Patrícia Lourival Acioli, de Niterói, tinha várias decisões judiciais contra policiais militares em seu currículo. Não tem cabimento alguém ser assassinado pelo cumprimento do seu dever. Especialmente, alguém que aplica a justiça ao condenar pessoas que transgrediram a lei.  Impossível aceitar um ato covarde desses contra alguém que luta por um Brasil melhor. Nesse caso, que exemplo damos àqueles que ainda tem esperança de transformar nosso país?
O mais incrível é que situações como essas têm se tornado banais. Seja nos grandes centros ou no interior da Amazônia. Cada vez mais, defensores de causas importantes para a construção de um mundo melhor e, mesmo pessoas inocentes, têm recebido tratamento vip com tiros mortais. Isso nos faz pensar no que falta para evoluirmos como nação ou por que patinamos, há séculos, em nosso processo de desenvolvimento?
Geografia Geral e do Brasil - PARATODOS
Eis uma pergunta difícil, com respostas complexas, desdobradas em inúmeras teorias. Entretanto, outro dia recebi um e-mail de um amigo, com uma explicação simples acerca de uma importante diferença entre países ricos e pobres. O texto não trazia o nome de seu autor. Apenas que fora traduzido por Jorcelangelo Conti. Por ser tão singelo, e ao mesmo tempo genial, decidi compartilhá-lo neste blog, com adaptações.
“Investigações demonstram que a diferença entre nações ricas e pobres não está relacionada à idade dos países. Isto pode ser demonstrado por exemplos como Índia e Egito. Apesar de milenares, ainda são muito pobres. Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que apenas 150 anos atrás eram desconhecidos, hoje são países desenvolvidos e ricos.
A distinção tampouco está nos recursos naturais disponíveis. O Japão possui um território limitado. 80% da área é montanhosa, inadequada para agricultura ou criação de gado. Todavia, tornou-se a segunda economia mundial. Funciona como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima de todo o mundo e exportando produtos manufaturados.
Outra referência interessante é a Suíça. Sequer produz cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território, em apenas quatro meses do ano, cria animais e cultiva o solo. Não obstante, têm laticínios da melhor qualidade. Além disso, oferece uma imagem de segurança, ordem e trabalho, que transformou o país numa espécie de caixa-forte do mundo.
Sob outro aspecto, executivos de países ricos afirmam não haver diferença intelectual significativa entre os profissionais dos dois mundos. A raça e a cor da pele, tampouco, são relevantes, pois muitos imigrantes, tidos como preguiçosos em seus países de origem, constituem importante parcela da força produtiva de nações avançadas.
Onde reside, então, a diferença?
Simplesmente, está na atitude das pessoas. Esta sim, moldada no decorrer dos anos pela educação e pela cultura, tem influenciado na diferença entre as nações ricas e pobres.
Nesse raciocínio, quando se analisa a conduta das pessoas nos países desenvolvidos, constata-se a aplicação mais forte de alguns dos seguintes princípios: 
·    Ética, como princípio básico
·         Integridade
·    Respeito às leis
·         Responsabilidade
·    Desejo de superação
·         Amor pelo trabalho
·    Esforço para economizar e investir
·         Pontualidade
·    Respeito aos direitos dos demais cidadãos
Em outro extremo, nos países pobres, verifica-se menor intensidade desses valores. Então, não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Somos pobres porque nos falta Atitude. E o que é pior: a ausência de atitudes embasadas nesses princípios faz com que subaproveitemos e dilapidemos as grandes riquezas naturais, intelectuais e éticas que o país possui.
Somos pobres porque falta disposição e coragem para assumirmos esses princípios. Os poucos que tentam se expõe ao sério risco de terminarem crivados de “balas”, como foi o caso da juíza de Niterói, executada essa semana. Então, transferimos aos outros a responsabilidade pela atitude certa. Via de regra, tocamos a vida esperando que alguém tome a iniciativa, que atire a primeira pedra, que mostre a cara e a exponha a tapas.
Somos pobres por nos confortarmos na posição de “carona” (maior benefício, com custo ou risco zero). Conseqüência da impregnação eficaz da cultura da Lei do Gerson, de levar vantagem em tudo, habilidosamente trabalhada pela mídia há décadas. E, quando alguém faz o certo, acaba taxado como  “babaca”.
Somos pobres porque, muitas vezes, aceitamos fazer “vista grossa” quando vemos algo errado. Não raro, pensamos: deixa como está... não é problema meu. Ou, ainda mais grave, quando nos resignamos ao ver a seqüência descabida de roubalheiras de dinheiro público por parte de políticos e servidores criminosos, que não estão nem aí sobre a origem ou destino reservado ao nosso escasso erário, e fazem de tudo para que caiam no seu próprio bolso.”
E, fechando as ideias, o texto ressalta:
"Os pensamentos geram atitudes. Atitudes geram hábitos.  Hábitos geram um estilo de vida. Esse estilo reflete o caráter.
O caráter de um povo é reflexo  daquilo  que  ele  pensa.
Por sua vez, seus representantes  reproduzem o modelo.  Somos o que pensamos, e não o que pensamos que somos."
Em seu final, a mensagem surpreende ao contrariar o padrão das correntes recebidas frequentemente. Dizia que se você não repassá-la adiante, nada irá acontecer. Seu cão ou gato não vai morrer; você não perderá seu emprego; não vai ter sete anos de má sorte e tampouco ficará doente.
Nem é preciso. Por si só, a mensagem é provocativa. Então, se você é uma pessoa que busca fazer diferença no seu ambiente; que luta para livrar nossa sociedade do câncer da corrupção e da ausência de princípios, que acredita que nosso país pode ser transformado num mundo melhor, irá divulgá-la naturalmente. Ainda existem muitos necessitando entender que a falta de princípios é a raiz da miséria e desse “estado de coisas” que enfrentamos.
Concluindo, penso que é possível construirmos um país melhor. Basta que acreditemos e, fundamentalmente, mudemos nossa atitude. Que coloquemos em prática algumas das ideias trazidas neste post. Assim, certamente, evoluiremos em diversos segmentos, inclusive no setor hidroviário.

Por JOSÉ ALLAMA

12 comentários:

  1. Caro amigo,
    acho que você está sendo muito superficial no seu post, esqueceste de uma série de fatores históricos. Deixe de lado os livros de auto ajuda, recomendo a leitura do livro "Armas, Germes e Aço" do Jared Diamond.

    Abraço

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  2. Se a Ética estivesse em foco, já teríamos andado bom caminho na direção do desenvolvimento. Continuamos assistindo uma estrutura tão corrupta, que além da possibilidade real de morrer denunciando-a, há o receio de sobrarem poucos ilesos. Paulo

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  3. Parabéns, já é um bom começo... precisamos nos posicionar, não dá para ficar em cima do muro.. Se amarelarmos as coisas continuarão como sempre! Ione

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  4. Teria sido uma satisfação ter conhecido seu pai. Quem sabe na ressurreição, que nos traz esperanças...

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